quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

PRIMEIRAS PENITENCIÁRIAS

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           A Casa de Correção, mais tarde Penitenciária da AV. Tiradentes, foi criada em 1825 e inaugurada em 1852, quando São Paulo possuía apenas uma cadeia pública sediada no Paço Municipal, responsável pela prisão de arruaceiros e escravos fugitivos.
           Durante o Estado Novo (1937-1945), a unidade prisional, recebeu presos políticos, entre eles Monteiro Lobato, que ocupou a cela n°1. Com a mudança ocorrida no país a partir de 1964, o presídio testemunhou outra etapa da história, quando 
se tornou lugar de detenção e repressão aos primeiros opositores do regime militar. No final de 1972, o edifício foi demolido, em função das obras do Metrô.
           No início do século XX as questões sobre o encarceramento se intensificara. O Código Penal de 1890 e as novas demandas apontavam para a reformulação do sistema penitenciário de São Paulo. 
           Em decorrência dessa reformulação, em 1902, o arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, formado pela Universidade de Gante, na Bélgica, elaborou o projeto do presídio da Ilha Anchieta. Em 1906, recebe autorização do então Secretário de Justiça, Washington Luiz Moreira de Souza, para construir o que seria a primeira penitenciária agrícola do país na Ilha dos Porcos (Ilha Anchieta), em Ubatuba.
           No projeto da colônia penal, Ramos de Azevedo, valoriza os preceitos de reabilitação social e reeducação de presos. Construiu oito 'casas dos internados', com celas, onde ficavam entre 19 e 30 presos; uma casa de economia (almoxarifado e cozinha), além de quartel, capela e galpões.
           Extinta em 1914, foram os presos transferidos para Taubaté e, em 1928, foi reativada, sendo destinada principalmente ao recolhimento de presos políticos.
No ano de 1942, contando com uma população prisional de 273 (duzentos e setenta e três) presos, passou a denominar-se Instituto Correcional da Ilha Anchieta tendo sido finalmente desativada após a sangrenta rebelião de junho de 1952.